terça-feira, março 20, 2007
isto...
anda negro.
As notícias sobre a escravatura de portugueses, o centro do Porto deserto e a precisar com urgência de uma ( a sério) requalificação, os pedintes de lá e de cá, nem a chegada da Primavera consegue pintar a minha melancolia de outra cor. Melancolia que já foi um dos sete pecados capitais, substituída pela preguiça. Só o avanço do mar sobre o horrendo parque de campismo da Caparica me deixa a sorrir.
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10 comentários:
desculpa mal vi o post..já lá vou...então este underworld está mais "dark" ou sou eu que estou com alucinações?
(Um underworld muito branco também tinha a sua graça)
Ah...agora que li o post fez-se luz...
quanto ao teu sorriso adopto-o. Por mim o mar avançava costa dentro para tudo o que fosse construção a menos que x metros da costa. Quantos metros não sei, não pensei, mas isso e umas belas implosões davam-me bastante gozo.
Mas depois de ter visto arribas fósseis a ser cimentadas já não digo nada.
Patos bravos.
pois o branco subterrâneo, tem a sua graça. O preto fica por algum tempo, não muito. Arribas fósseis, sabe-se lá quantas meninas de Dikika e Lucys por lá andam...
patos bravos analfabetos que perpetuaram a prole. Afinal o outro não estava longe da verdade quando na China falou aos empresários chineses da nossa mão de obra barata...
Pois aí em baixo são os condominios fechados sob a forma de parques de campismo e aqui em cima tal como disse a Alice é uma baixa deserta e cheia de lixo e basta olhar para cima e vemos casas, prédios sem ninguém. Nem os condominios nos salvam......(livra, ufa) mas ainda há esperança de vez em quando tenho a supresa de mais uma luz acesa quando vou à janela para ver o Bolhão.
Xiiii, quanta maldade vislumbro nos vossos discursos, caríssimos! Então sorris com a má sorte dos pobres campistas capariquenhos? As tendinhas inundadas, precárias segundas habitações à beira da dissolução e do esquecimento, gente não tão rica quanto isso nem tão pobre assim, mas gente, caramba, que não tendo dinheirito para uma vivenda bem plantada a distância considerável dos dourados areais, lá faz a festa como pode. Eu sei que é feio, porco e mau. Mas o mundo abarca tanto a merda quanto o ouro e eu, sinceramente, nutro alguma simpatia pela merda!
:-)
Podes vir então passear ao centro do Porto para seres confrontado com a desgraça- dupla- as gentes e o espaço arquitectónico, a cair de podre e deserto, ficam os que acreditam na cidade, como os Pandora. Daqui de onde estou tenho vista para uma ilha. A classe média portuense fugiu para a periferia, como à 20 anos em Lisboa. ( Coragem os filhos deles hão-de regressar à cidade, como regressaram os lisboetas). É triste, mais o frio e o trabalho que não flui, bem....
não venho participar na discução,
:)
lembrei-me:
- sentadinha num museu deserto, a olhar as imagens do H. Bosch, e a pensar na caparica!
;D
Não há discussão. Apenas imagens dispersas e corações que ainda batem...
:)
Uma delícia, entre a ironia e a melancolia, o post e os vossos comentários, eheheheheh.
Ah! o preto retinto quase que me assustou...
Mas Alice, acho que vais regressar ao branco, talvez com umas gigantes B-O-L-A-S pretas a saltitarem no fundo (???)... ;D
Beijinhos
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