Ainda consegui desejar-vos "feliz ano novo" neste ano!
A fazer com convicção en 2009: - ir ao ginásio -comer menos queijo -tirar tv do quarto -arrumar o escritório -deitar velharias fora da casa da luciano cordeiro -sair à noite de vez em quando -não me irritar -ir ao oftalmologista ( ando a fazer figura de mal-educada, não cumprimento as pessoas a partir de certa distância...) -fazer os 32 desenhos para o Tiago Manuel -fazer mais 32 desenhos -mudar o grafismo do underworld
Amigos bloggers: Preciso de papel, qualquer tipo de papel que tenha um rabisco, uma garatuja, um desenho, um linha, um escrito. uma letra, uma palavra. Qualquer coisa: um envelope rabiscado, mapas caseiros, toalhas de papel, desenhos dos filhos, lista de compras, um post it... A minha próxima peça é sobre a utilização do desenho, (no sentido mais alargado,) no nosso quotidiano. A ideia é construir um monte de papéis amarrotados num canto de uma sala. A exposição é no Avenida, em Lisboa, um prédio que enquanto não vai para obras serve para exposições. A Susana Chiocca convidou-me para um projecto "de desenho". Somos 6 artistas a ocupar o 2º andar no mês de Fevereiro. Vou a casa buscar o saco do vosso lixo desenho caseiro. Porto, Lisboa ou Coimbra. Obrigado!
Visões Paralelas, exposição sobre estados alucinatórios entre arte e loucura que esteve no Reina Sofia no ano de 1993. Henry Darger (1892-1973) andava por lá e eu também. A história de Henry Darger emocionou a comunidade científica e artística, Paula Rego, nos anos 80, dedica-lhe a série Vivian Girls. Orfão de mãe e pai inválido, foi internado aos oito anos numa instituição para deficientes mentais, de onde fugiu aos 16 anos. Trabalhou num hospital como auxiliar durante toda a sua vida. Solitário, recolheu a um lar aos 81 anos, seis meses antes de morrer, deixando o seu quarto entupido com um inacreditável espólio de escritos e desenhos, de que fazem parte, entre outros textos, os 13 volumes de mais de 14 mil páginas de A História das Meninas Vivian nos chamados Reinos do Irreal, da tempestade da Guerra Glandeco-Angeliniana causada pela Revolta dos Meninos Escravos e os 154 desenhos e colagens aguareladas que a ilustram. Henry usava processos gráficos próprios, muito 'up to date' e citando Burroughs, um processo de 'cut up', recorte e decalque de material impresso, desenhos, ilustrações que reutilizava, apropriando-se de imagens diversas para construir as suas.
quinta-feira, dezembro 04, 2008
Dois cartazes da colecção do JS, duas pérolas entre muitas outras. O cartaz da ALTERNATIVA ZERO (1977), organizada por Ernesto de Sousa e,
muito "anos 80" um cartaz do jovem estudante de filosofia que nos seus tempos livres dedicava-se ao design a à ilustração, Delfim Sardo!
Um bom presente de Natal, ou de qualquer outra coisa, é este lindo livro ilustrado por Madalena Matoso do Planeta Tangerina. Tão gráfico, tão diferente, tão ousado que até estranho.
Alice Vieira (texto), Madalena Matoso (ilustração) A charada da bicharada, Lisboa, Texto Editora, 2008
O título da exposição remete para os "Salões" oitocentistas, canapés de veludo verde, senhoras de sombrinha com folhos e histórias contadas à luz de candelabros de mil velas, nos salões do palácio do Louvre decorados com a pintura monumental oitocentista francesa - Delacroix, Géricault, Jacques-Louis David. As grandes narrativas do Gonçalo Pena levaram-me por segundos até lá. E depois a locais incertos não-verbais.
Gonçalo Pena "Salão de Outono" até 31.12.2008 Terça a Sábado Galeria Graça Brandão R. dos Caetanos, Lisboa.
"O termo snob provém do costume dos colégios de Oxford e Cambridge escreverem a expressão sine nobilitate, ou a sua abreviatura s.nob, por debaixo dos nomes dos estudantes que, ao se apresentarem a exame, não usufruíam estatuto de nobre."
Maria Filomena Mónica, Nós os Portugueses.
Hoje, os nobres aspiram a serem snobs. Snob passou a significar o seu contrário.
YES! O mundo festeja a vitória de Barak Obama. Hoje de madrugada, na estação de Sta Apolónia, Lisboa, um trabalhador da CP cantava e dançava: Obama, Obama! We have a dream. Hoje é um dia histórico. A esperança deu à luz.
A expectativa é grande. Mas acho que a Nan Goldin na entrevista da Única desta semana, tem razão. Se for eleito o mulato Obama tem uma certa probabilidade de ser assassinado. Ela lá sabe, é americana, eu portuguesa, tenho uma esperançazita de que desta vez, a história não se repete. O urso Plume vai votar nos democratas, mesmo sendo franco-magrebino precisa de gelo para sobreviver e nós também. We have a dream.
Claude Cahun, 1894-1954. Chamava-se Lucie, adoptou como nome artístico , Claude, indefinido no género, homem ou mulher, tanto faz. Numa época em que não era fácil ser-se mulher, artista e lésbica. Uma Cindy Sherman modernista, pouco conhecida, a primeira versão do eu- corpo- máscara.
Maria Lassnig nasceu há muito muito tempo, em 1919. Fez este ano uma exposição na Serpentine Gallery. Tinha dois desenhos que valeram a minha ida à colecção do Deustche Bank à FCG. Bancos, colecções e arte, olhem, como estes que o André Carrilho desenhou.
Não queria acreditar quando li a crónica de Miguel Sousa Tavares: um depósito de contentores no meio da nossa cidade? Quem é que me explica porquê? Para quê? É mesmo verdade? Já não chegam as inundações em minutos e a certeza de que estamos tramados se chover muito, se o vento soprar ou se a terra tremer e agora mais isto, 1,5km de cargas e descargas de mercadorias vindas de todo o mundo plantadas entre o cais de Sodré e Belém, lá para os lados de Alcântara. Arre, e escolhi eu, há 20 anos atrás, ficar a viver em Lisboa...
Inaugurou no sábado a minha exposição e estará até 24 de Janeiro. Pode-se ir de comboio e sair em Vila Franca de Xira, a estação fica no centro a 1 minuto do museu do Neo-realismo situado na rua Alves Redol, claro!
Encontrei um dos "Pandoras" quando subia as escadinhas do Quebra- Costas, o famoso bar de Coimbra que existe desde sempre! A visitar este percurso sempre a subir até à Universidade. Livros, vinis e roupitas fixes.